Há sementes em meu ventre. São poemas que ainda não reguei. Prefiro guardá-los em silêncio Até que o tempo amadureça meus minutos E a vida me contemple com seus frutos. (Mônica Montone)
sábado, 15 de setembro de 2012
domingo, 9 de setembro de 2012
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
domingo, 26 de agosto de 2012
Seremos nós...
Seremos nós esperando que a vida aconteça, sabendo que ela não vai acontecer.(...)
Seremos nós e a parte que nos cabe nessa história toda(...)
Seremos nós e desempenharemos, de forma serena e digna, a única tarefa que ainda nos resta.
Seremos nós e esperaremos, simplesmente.
Seremos nós em uma espera cinza, pouco cerimoniosa.(...)
Seremos nós e compartilharemos o triunfo de termos sobrevivido à falência de nossas esperanças.(...)
Seremos nós e as nossas distâncias serão medidas pelas esperas.(...)
Seremos nós e daremos a todos mais do que irão nos pedir e ainda assim não lhes daremos nada.(...)
Seremos nós e cada frase parecerá destinada a se debater sempre contra os mesmos muros.(...)
Seremos nós e nos prometeremos e nos guardaremos para quando, pois assim não comprometeremos o enquanto.(...)
Seremos nós e andaremos pelos mesmos trajetos, cairemos nas mesmas armadilhas, tropeçaremos nos mesmos buracos.
Seremos nós e tenderemos a um limite jamais transposto, operando assim a própria
suspensão de toda e qualquer adequação.(...)
Seremos nós e então seremos muitos.(...)
Seremos nós, estaremos sozinhos e isso será tudo.(...)
Seremos nós, desenraizados por excelência, e não afirmaremos nada além do que a ausência que irá nos definir.
???
Seremos nós e a parte que nos cabe nessa história toda(...)
Seremos nós e desempenharemos, de forma serena e digna, a única tarefa que ainda nos resta.
Seremos nós e esperaremos, simplesmente.
Seremos nós em uma espera cinza, pouco cerimoniosa.(...)
Seremos nós e compartilharemos o triunfo de termos sobrevivido à falência de nossas esperanças.(...)
Seremos nós e as nossas distâncias serão medidas pelas esperas.(...)
Seremos nós e daremos a todos mais do que irão nos pedir e ainda assim não lhes daremos nada.(...)
Seremos nós e cada frase parecerá destinada a se debater sempre contra os mesmos muros.(...)
Seremos nós e nos prometeremos e nos guardaremos para quando, pois assim não comprometeremos o enquanto.(...)
Seremos nós e andaremos pelos mesmos trajetos, cairemos nas mesmas armadilhas, tropeçaremos nos mesmos buracos.
Seremos nós e tenderemos a um limite jamais transposto, operando assim a própria
suspensão de toda e qualquer adequação.(...)
Seremos nós e então seremos muitos.(...)
Seremos nós, estaremos sozinhos e isso será tudo.(...)
Seremos nós, desenraizados por excelência, e não afirmaremos nada além do que a ausência que irá nos definir.
???
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Cristiano Bedin da Costa- via Katyúscia Carvalho
Dualidade
Criados por nós ou por os outros-
São nossos:
Os traumas que carregamos.
As decepções.
As tristezas.
Os fracassos.
As mesquinharias.
Tudo é nosso.
E não há como escondê-los em baixo de um tapete enfeitado que agrade o visitante.
O tapete há de rasgar a qualquer momento,
e há de revelar o que não limpamos simplesmente por medo de ficarmos a sós conosco mesmos.
Evidentemente, não há só sujeira.
O nosso museu interior nos revela imagens preciosas
do quanto servirmos ao outro, do quanto amamos,
do quanto nos emocionamos com cenas delicadas da vida,
que emprestam poesia ao nosso sonho e que,
acalentam o nosso convívio.´
É o que somos:
Perfeição e Imperfeição, dualidade.
Meu lugar
"E foi tão corpo que foi puro espírito"
A loucura é vizinha da mais cruel sensatez.
Engulo a loucura porque ela me alucina calmamente.
"Bem atrás do pensamento tenho um fundo musical"
"Escuta: Eu te deixo ser, deixa-me ser então"
" Sabe o que eu quero de verdade?!
Jamais perder a sensibilidade, mesmo que às vezes ela arranhe um pouco da alma.
Porque sem ela não poderia sentir a mim mesma..."
sábado, 23 de junho de 2012
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Pedido
Que meu olhar alcance o longe,
Que meu olhar contemple o território que me separa da concretização de meu desejo,
Que o destino final desse olhar seja reconhecido como recompensa, aos pés que se oferece como lonjura vencida,
Não há pressa que seja capaz de diminuir esta distância,
Que as regras me ensine, que entre o ser real e o ser desejado, o senhorio do tempo, não se avolume.
domingo, 22 de abril de 2012
Jardinagem
Quando parte parecia irremediavelmente perdido em minha vida, eu fui encontrada...de forma surpreendente...alguém resolveu me querer bem. Chorou e sorriu comigo. Semeou-me os sonhos e esperanças de um caminhar bom. Direcionou os meus olhos para um lugar mais alto, mais bonito e me convenceu a construir um jardim à frente de minha casa, mas que também ramificou e floresceu nos territórios de minha alma. Um jardim onde aprendi a mística das esperas. Lugar onde a vida me recriou, como se um movimento materno me reconduzisse ao ventre, tecendo-me de novo, lapidando-me, livrando-me dos excessos. Um lugar onde vivi o itinerário do meu florescimento humano. Um jardim onde pude recomeçar.
Florida de alegrias, por aqui permaneço.
Sempre grata aos que permanecem ao meu lado, de longe ou de perto e que me fazem sentir filiada às suas vidas.
domingo, 8 de abril de 2012
Exercitando
Se nós dizemos que amamos, então precisamos ser instrumentos de libertação na vida dos que dizemos amar.
O que dá testemunho de nosso amor não é a declaração que a linguagem das palavras nos permite, mas é a linguagem dos gestos que concretizamos diariamente.
Não há experiência de amor fora da liberdade.
Não se ama para reter, mas para promover.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Testemunho do silêncio
A boa palavra se alimenta de silêncios e pausas.
Convivo com elas, antes de pronunciá-las,
sugerindo à mim e aos outros significados precisos, sem desperdícios, e que na hora certa acabamos usando-as com tanta ternura.
A fala, ora é ouvida como discurso depreciativo.
Não é inteligente jogar palavras a quem não quer ouvir.
A surdez da espera é a única sinfonia que ainda não foi composta.
E por mais que tentamos, causa contragosto, incômodo e não alívio.
Sensação desagradável.
Quando os dizeres ganham significados, o milagre do encontro acontece, mas isso será recíproco, nem que seja provisório.
É o conhecimento de uma vida com suas saliências e reentrâncias, com seus sabores e estranhamentos.
...
...
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Retalhos da nossa tessitura
Não é correto nos apequenarmos diante das recusas.
O que amargura um lábio ou vagueza nos olhos,
não é o tempo, mas o que fazemos com ele.
Embrutecemos porque negligenciamos a nossa essência.
Entregarmos ao tempo sem ousar desafiá-lo, não alinha a sensibilidade.
Saber juntar os retalhos, os cacos de nossas desconstruções,
sozinhos ou não, porque a força maior que habitam sons e silêncios, haverá de rearrumar a casa e abrir os salões do acolhimento.
Vir a Ser
Eu procuro por mim .
Eu procuro por tudo o que é meu
e que em mim se esconde.
Eu procuro por um saber
que ainda não sei,
mas que de alguma forma já sabe em mim.
Eu sou assim...
processo constante de vir a ser.
O que sou e ainda serei
são verbos que se conjugam
sob áurea de um mistério fascinante.
Eu me recebo de Deus e a Ele me devolvo.
Movimento que não termina
porque terminar é o mesmo que deixar de ser.
Eu sou o que sou na medida em que me permito ser.
E quando não sou é porque o ser eu não soube escolher.
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