domingo, 21 de março de 2010

Meu jeito



(  Minha versão, por excelência! )

Agora, o começo está próximo...
...então eu encaro esse desafio de partida.
Tenho uma vida cheia (Graças a Deus!),
Viajo pelas coisas e pessoas, até muito mais do que isso,
eu faço, porque é o meu jeito...

Arrependimentos? Alguns. Mas tão poucos para mencionar...
Eu faço o que eu tenho que fazer,
eu vejo tudo, sem excessão,
eu planeio cada caminho do mapa,
cada passo cuidadosamente,
no correr do atalho,
ou muito mais do que isso,
mas, é do meu jeito.

Tem horas que eu tenho certeza,
que quando mordo eu posso mastigar,
mas, entretanto,
quando há dúvidas,
eu engulo e depois cuspo fora.
Eu encaro, e continuo grande,
porque, é o meu jeito...

Eu amo, rio e choro,
tenho minhas falhas e partes de derrotas,
lágrimas descem,
mas depois acho até tudo divertido,
de pensar, que tudo que eu faço,
e talvez eu até diga,
não de uma maneira timida,
não, eu não,
eu faço, do meu jeito.

E pra uma mulher,
o que ela tem,
se não ela mesmo,
então ela tem tudo,
pra dizer as coisas que sente de verdade,
e também as palavras que ela quer revelar.
Os registros mostram,
tenho meus momentos de Graça,
e os tenho, do meu jeito...


Luciana de Almeida Félix (z)!

quinta-feira, 18 de março de 2010

O resto? Ainda não sei...


Quando pautamos nossa vida a partir de nossa utilidade, corresmos o risco de nos desprender de nossos verdadeiros significados. É muito comum as pessoas se ocuparem de constantes aperfeiçoamentos técnicos ou em futilidades. Mas é raro encontrar pessoas cuidando do futuro a partir de outras preocupações, como o cultivo de laços fecundos.
Precisamos, ao longo da vida, fazer-nos a pergunta cruel: Depois que perdemos a utilidade, quem vai querer continuar ao nosso lado? Será que estamos bem posicionados entre os horizontes da utilidade e os horizontes dos significados?
Às pessoas queridas de minha vida, que cultivam seu tempo a mim, agradeço sempre por este tempo. Tempo, que é circunstância feliz que acolho como transformadora. Não sou mais a mesma. Se estou mudada? Ainda não sei. Vou seguir descobrindo aos poucos...assim como o garimpeiro que encontra e descobre a pedra.
Recordo-me das idas e vindas, que marcaram... Assim, retomo a sensibilidade de descobrir o bonito. E aprender a não negligenciar à oportunidade de ser e de está feliz.
O meu amor, sobrevive de buscas. Existem intervalos que funcionam como pausas nas canções. O intervalo faz parte da partitura. É nele que a orquestra descansa. É nele que a continuidade é preparada. O tempo do cultivo é que qualifica a realização. Por isso é tão importante colocar os olhos no que esperamos. A esperança é que nos encoraja para o desafio das travessias...e nela me restituo com coragem de colocar a minha embarcação nos misteriosos destinos da margem.
Vou seguir, no que diz respeito à edificação dessas esperanças. A vida será mais viva se eu não desistir dessas simbologias.
É isso. Somente isso. O resto ainda não sei...



sábado, 13 de março de 2010

Vestida de cristal


Acolher o cristal que há em nós. Alegrar-se por ser frágil. Assim, conseguiremos abrir as bonitas experiências de cuidados. Revestir-se de humanidade não envergonha. Não é preciso ser anjo, basta apenas buscar o simples pelos bons caminhos possíveis, e estes, estão escondidos no que é pequeno, humano e torto. Há um jeito bonito de descobrir as ma-ra-vi-lhas, estão nos miúdos detalhes e aparentemente insignificantes. Há também outro jeito bonito de descoberta: em nossos limites. Porque, quando algo nos atinge, é natural que a alma grite pela sua origem. É natural que ela se desprenda de seus subterfúgios e volte ao lugar de sua primeira morada, sua primeira segurança. Ao  experimentar-se limitado, nós vivemos a possibilidade de descobrir o Divino como resposta e complemento para tudo o que nos é ausente. Estar diante dos limites é como um filho, que diante do perigo grita pela presença do pai...

quinta-feira, 4 de março de 2010

Afinações e Afinidades



Não me interessa saber o que fazes para ganhar a vida.

Quero saber o que desejas ardentemente,
se ousas sonhar em atender aquilo pelo qual o teu coração anseia.
Não me interessa saber a tua idade.
Quero saber se arriscarás parecer um tolo por amor, por sonhos,
pela aventura de estar vivo.

Não me interessa saber que planetas estão em quadratura com a tua lua.
Quero saber se tocaste o âmago da tua dor,
se as traições da vida te abriram ou se te tornaste murcho e fechado
por medo de mais dor!
Quero saber se podes suportar a dor, minha ou tua;
sem procurar escondê-la, reprimi-la ou narcotizá-la.Quero saber se podes aceitar alegria, minha ou tua,
se podes dançar com abandono e deixar que o êxtase te domine
até às pontas dos dedos das mãos e dos pés,
sem nos dizeres para termos cautela, sermos realistas,
ou nos lembrarmos das limitações de sermos humanos.

Não me interessa se a história que contas é verdade.
Quero saber se consegues desapontar outra pessoa
para ser autêntico contigo mesmo,
se podes suportar a acusação de traição e não traíres a tua alma.



A regra de nossas vidas é bastante clara e evidente, nunca devemos perder de vista que podemos "cristalizar" defeitos, "meus e teus". E, quando, nós, não mais  assumir isso, aí sim, poderemos saber que  àquela perseguição, "minha e tua", chegou ao fim...


                                  
Luciana de Almeida Félix