domingo, 4 de setembro de 2011

Substancialidade



Andar sozinho não dói. 
Costume.
 Sentir-se sozinho é outra coisa. 
Cheiro minha pele com Oh!
  Como brigadeirão!
 Escrevo um livro! 
Brigo com meu cabelo, 
com os excessos de tecido adiposo.
Dou risada e choro com coisas bobas.
Carrego nas pernas as trilhas percorridas em forma de vasos comunicantes.
Nas mãos, tinta, calos e giz.
No pulso, 1/3.
Nos ombros, pequenos fardos.
Na garganta, um grito de paz e de justiça.
Na boca, sede de bebida boa.
Engulo, do doce ao amargo.
No peito, um coração fortiflagilizado.
No ventre, botões, que se afloram a cada 28 dias.
Comemoro:
A terra, por poder está sobre ela, caminhando.
Por poder enxergar, as belezas e as feiuras,
em colorido.
...
Sofro por coisas que tem fundamento,
pela dor de quem sente dor de verdade.
Dou e divido atenção a centenas de pessoas por dia,
com competência e tranquilidade.
Discuto com honestidade.
Defendo os interesses pessoais e coletivos com lucidez.
Não tenho medo do pavoroso e tortuoso.
Tenho medo de gente que anda disfarçada.
Faço regras, quebro pouquíssimas vezes a rotina,
por falta de tempo e oportunidades.
Nos momentos de reflexão, primeiramente
 escolho os cascalhos,
jogo-os fora,
depois preencho com amplos e transformadores pensamentos.
É o desafio da continuidade. 
Iniciar é sempre mais simples...
...

Viver continua sendo o absoluto dos meus dias e das minhas noites!
...

Nunca tive, nem preciso de heróis,
tão pouco acredito em magias,
encantamentos,
 nunca encontrei,
explicações para isso.
Acredito no que se estende através do tempo,
nas quatro direções,
até onde a vista alcança.
...

Paralela à magnífica consciência,
todos os dias constato
que meu mundo exterior
 suporta minha interioridade.

...

Insight!












Peregrina[mente]


Quando atinjo a via expressa, estou pensando no que prepararei para o trabalho e imagino se conseguirei algum tempo para escrever antes de qualquer coisa. Em princípio, nem se quer percebo a meia dúzia de pessoas ao meu redor. Ouvindo apenas o motor do carro, observando as luzes dos faróis que atravessam a pupila, traço as linhas e escrevo, em pensamentos... e pergunto-me: " Minha vida está entre elas?".