quinta-feira, 4 de março de 2010

Afinações e Afinidades



Não me interessa saber o que fazes para ganhar a vida.

Quero saber o que desejas ardentemente,
se ousas sonhar em atender aquilo pelo qual o teu coração anseia.
Não me interessa saber a tua idade.
Quero saber se arriscarás parecer um tolo por amor, por sonhos,
pela aventura de estar vivo.

Não me interessa saber que planetas estão em quadratura com a tua lua.
Quero saber se tocaste o âmago da tua dor,
se as traições da vida te abriram ou se te tornaste murcho e fechado
por medo de mais dor!
Quero saber se podes suportar a dor, minha ou tua;
sem procurar escondê-la, reprimi-la ou narcotizá-la.Quero saber se podes aceitar alegria, minha ou tua,
se podes dançar com abandono e deixar que o êxtase te domine
até às pontas dos dedos das mãos e dos pés,
sem nos dizeres para termos cautela, sermos realistas,
ou nos lembrarmos das limitações de sermos humanos.

Não me interessa se a história que contas é verdade.
Quero saber se consegues desapontar outra pessoa
para ser autêntico contigo mesmo,
se podes suportar a acusação de traição e não traíres a tua alma.



A regra de nossas vidas é bastante clara e evidente, nunca devemos perder de vista que podemos "cristalizar" defeitos, "meus e teus". E, quando, nós, não mais  assumir isso, aí sim, poderemos saber que  àquela perseguição, "minha e tua", chegou ao fim...


                                  
Luciana de Almeida Félix








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